Pesquisar este blog

domingo, 20 de dezembro de 2009

Cientistas descobrem em idosos alta concentração da enzima da vida longa

Eles acreditam ser possível a criação de remédios que prolongam a vida além dos cem anos
Pesquisadores da Faculdade Albert Einstein de Medicina, ligada à Universidade Yeshiva, nos Estados Unidos, descobriram que um grupo de idosos com idade média de 97 anos têm níveis maior da enzima telomerase em sua estrutura genética.
A enzima está presente em milhares de células durante toda a vida, mas não se sabia até agora sobre a concentração maior em idosos.
Ela faz parte dos cromossomos, que são sequências de DNA, um composto orgânico presente em todas as células dos seres vivos. O DNA é primordial para que os seres vivos cresçam, sobrevivam e se reproduzam.
Nessas grandes sequências de DNA, há longas fitas chamadas telômeros que se encurtam toda vez que a célula se divide. Se os telômeros ficam curtos demais, a célula não consegue mais viver.
A telomerase evita que os telômeros se encurtem, ou seja, é uma espécie de "fonte da juventude" para células, inclusive as que tendem a desenvolver o câncer.
Essa enzima foi descoberta em 1984 por Elizabeth Blackburn e Carol Greider foi descobrir em 1984. Em setembro, as duas pesquisadoras ganharam prêmio Nobel de Medicina de 2009.
Os estudiosos americanos querem agora analisar a quantidade exata da enzima no grupo de 86 pessoas estudadas para, a partir dessas informações, iniciarem a produção de remédios que tenham o poder de prolongar a vida além dos cem anos de idade.
Fonte: Portal R7

Doenças tropicais negligenciadas no Brasil

Ultimamente, tenho pensado seriamente em começar um mestrado em Doenças Infecto Parasitárias assim que terminar a minha graduação. por isso resolvi mostrar um panorama geral sobre os vários males que assolam a população da América Latina e principalmente o Brasil.
Hoje nós sabemos que a pesquisa médica no Brasil está se desenvolvendo em uma incrível velocidade, no entanto, doenças infecto-parasitárias relativamente simples de serem reduzidas ou até mesmo eliminadas são negligenciadas pelas autoridades, talvez, devido à forma de política envolvida e a péssima distribuição de renda existente, o que aumenta ainda mais a pobreza que é a principal responsável pela aparição desse tipo de doenças em países em desenvolvimento como o Brasil.
De acordo com o Banco Mundial, 22% da população da América Latina e Caribe vive com menos de US$ 2 por dia, no Brasil, essa porcentagem não se altera, sendo considerado um dos países com a pior distribuição de renda das Américas, o que piora ainda mais a sua situação frente à doenças tropicais negligenciadas. Os 40 milhões de brasileiros que vivem nessas condições de pobreza totalizam um terço de toda a população pobre que vive tanto na América Latina quanto no Caribe.
Embora a pobreza seja relativamente proporcional entre esses países, as doenças tropicais são exageradamente maiores no Brasil. Tracoma e Hanseníase (em menores casos) e em maiores casos, Ancilostomose, Esquistossomose, Leishmaniose Visceral, etc… Essas e muitas outras doenças deveriam acompanhar os números da pobreza na América Latina e Caribe, porém acabam aparecendo em quantidades alarmantes no Brasil.
A expressão “Varrer a sujeira para baixo do tapete” sugere um problema que sabe-se que existe, porém é escondido para que outras pessoas que vêm de fora tenham uma falsa visão de uma casa limpa. Com o Brasil não é diferente, a péssima distribuição de renda atingiu limites tão alarmantes que os próprios subsídios para a pesquisa médica se direcionam para males que englobam a parcela rica da sociedade. Não que essas doenças não sejam importantes de serem estudadas, mas a falta de recursos para o combate das doenças tropicais (e que atingem a parcela pobre da população), piora ainda mais o seu estado no Brasil.
Por outro lado, nós brasileiros estamos caminhando para uma reversão desse quadro lamentável. Graças a algumas mudanças na forma do governo atual, a pobreza vem sendo cada vez mais reduzida e o país tem na FIOCRUZ e outras universidades, órgãos comprometidos com o controle de doenças infecto-parasitárias. O país já se tornou liderança internacional no controle e eliminação da Doença de Chagas e já fez grandes avanços no controle da Filariose Linfática e oncocercose. Se continuar a agir desse modo, grandes avanços na redução da pobreza e distribuição de renda irão mudar a situação das doenças tropicais, mas enquanto isso ainda não acontece devemos cada vez mais nos comprometermos com a pesquisa e desenvolvimento dentro dessa área, o que ajudaria de forma única milhões de brasileiros que ainda hoje vivem em condições lamentáveis.
Fonte: Biomedcenter